Com Patrícia Peck, Mater Dei discute: Quem manda em quem? Celular em você ou você no celular?
Qual é a senha do Wi-Fi? Em restaurantes e hotéis esta tem sido a primeira pergunta da maioria das pessoas. Faça um teste, sua visita, ao chegar em sua casa, já pega logo a senha. Lembre-se, contudo, que aquele que abre a porta digital responde pelo que se passar por ali. Este foi um dos alertas explanados pela advogada especialista em Direito Digital Patrícia Peck Pinheiro, que é mestre em Direito e doutoranda em Direito Internacional pela USP, idealizadora e fundadora do Instituto i-Start e Movimento Família mais Segura (www.istart.org.br ). O evento aconteceu na noite desta segunda-feira (17), quando os educadores do Grupo Mater Dei lotaram o Auditório Algemiro Pretto para viver momentos de distinta qualificação quanto ao que pode tornar o uso da tecnologia na sala de aula um ambiente seguro. O tema da palestra foi "Como ensinar sobre o uso ético, seguro e legal das tecnologias na escola" e tendo em vista que esta pode ser uma dúvida constante dos educadores, pois o celular está nas mãos e as redes sociais nas cabeças dos alunos, sejam crianças ou adultos, o Grupo Mater Dei deu um passo à frente nas tomadas de decisões do mundo digital. O Colégio Mater Dei, por sua vez, está aliado à Editora Positivo realizando uma série de ações para alcançar, provavelmente até dezembro deste ano, a Certificação Digital. A Faculdade Mater Dei, por sua vez, está se organizando para seguir o mesmo caminho.
A diretora-geral da Faculdade Mater Dei, Ivone Maria Pretto Guerra mencionou o senso de turbilhão em que vive a sociedade com inúmeras coisas aflorando e se resolvendo ao mesmo tempo. Ela afirmou que a instituição via o assunto com seriedade e que a formação repassada pela advogada e doutoranda Patrícia Peck tornava-se um marco para a instituição.
Da Editora Positivo, participaram do evento a coordenadora da área de informática educativa, Marileusa Guimarães de Souza e a psicóloga, pedagoga e mestre em Tecnologia Rossana Ghilardi, que é assessora pedagógica da área de Informática Educacional da Editora Positivo.
Rua na Era Digital
Para a dra. Peck, a internet é a rua na Era Digital, como se todos estivessem numa grande praça, à mercê de muito conhecimento, mas também de influências com as quais se deve tomar cuidado. "Você acessa a rua e a rua acessa você, é uma via de duas mãos, não temos isto muito claro e por isto nosso comportamento é displicente, meio descuidado. As pessoas saem na rua digital e não têm a mesma diligência ou atenção empregada como quando saem, de fato, na rua", exemplificou.
Após os trabalhos, os professores degustaram uma confraternização oferecida pela instituição. As atividades compuseram Atividade Pedagógica prevista em plano de ensino, por isto também no período noturno não houve aula. Em breve, algumas ações institucionais práticas poderão ser conferidas, a partir dos apontamentos realizados pela especialista Patrícia Peck.
No caso de instituições de ensino e outras corporações, a dica é evitar senhas genéricas, pois Peck alertou ser sempre a pessoa jurídica que responde pelo recurso.
"Assinante com nome na conta é o que sai na lista da polícia federal?, determinou, acrescentado que "No Direito o fato perece para o dono. Quando nossa máquina faz alguma coisa errada quem responde é o dono da máquina e a responsabilidade civil neste ponto é fortíssima".
Dependência digital
Qual é a primeira coisa que uma pessoa da era digital faz quando acorda? Uma pesquisa indica que 62% das pessoas checam o celular antes de fazer xixi e de escovar os dentes. "A questão é: quem controla quem? Não durma com ele embaixo do travesseiro, pelo menos um braço de distância. Será que ficar sem olhar o celular afeta algumas carreiras em que não se pode ficar com o celular o tempo todo? Pense em Medicina ou em Engenharia Civil onde se tem que subir no andaime", detonou Peck.
Outra informação trazida por ela é a de que um jovem de 14 anos de idade recebe em média 800 mensagens de Whatsapp por dia, cujo nível intelectual é oi, kkkk, e aí, blz, entre outras. "Se na mesma meia hora ele pudesse ler algo para agregar mais conhecimento, mas a a grande maioria das coisas trocadas neste canal não é interessante". A ansiedade pela espera por mensagens gera vários distúrbios, como de sono, por exemplo. "Quanto mais jovens você começa usar, mais o vício pega. O desafio da sala de aula é ensinar a hora que o uso pode colaborar e a hora que não posso usar".
Cabe ao educador, nota Peck, decidir se isto será incorporado em sala de aula e quando. Ler os termos de uso do aplicativo e avisar os pais é uma das principais ações quando a tecnologia for a protagonista das ações pedagógicas.
Assessoria de Comunicação Grupo Mater Dei
Texto: Daiana Pasquim - Jornalista DRT/PR 5613
Fotos: Lucas Piaceski
Agência PQPK