Sociedade prestigia talentos dos alunos Mater Dei visitando a Expomater

Realizada a cada dois anos, há mais de duas décadas, a Expomater envolve os alunos do Colégio Mater Dei desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, sendo que todo ano há um tema central, em torno do qual orbitam o desenvolvimento dos talentos de cada série, aprofundando estudos à sua escolha. A edição de 2014 aconteceu no último sábado (13), no ginásio de esportes do colégio, com o tema central: "Construindo o Mundo com Grandes Ideias". Uma grande árvore formou o centro da praça de visitação, na qual cada visitante teve a oportunidade de semear sua mensagem para colaborar com esta construção do mundo.
"Nesta proposta central, tivemos o apoio da equipe do Escritório Modelo de Arquitetura (EMA) Mater Dei, que esteve nos apoiando desde a concepção do projeto da Expomater 2014, na qual temos uma grande árvore de ideias no centro da praça logo na chegada no evento, cujo objetivo é que cada visitante deixe uma ideia, semeando o seu sentimento para transformar o mundo num lugar melhor. Essa ideia é transcrita num papel verde simbolizando as folhas da árvore", discorreu a coordenadora geral da Expomater, Vanessa Guerra Stefani.
A semente de "paz" para a árvore da praça é uma das mais necessitadas ao mundo na defesa das amigas Loreci Colini (mãe de Vitória no 3º, Vinicius no 6º e Eduardo no 1º do Médio), Ivana Giasson (mãe de Vinicius no 6º ano) e Eliane Tartari (mãe de Willian no 6º e Isabele no 1º ano do médio). "O que falta ao mundo é paz. Destacamos que o evento foi muito bem organizado, sem tumulto, mesmo com tanta circulação de pessoas. Todos se empenharam", comentou a contadora Loreci.
Expor e competir
Os alunos foram dispostos em duas categorias: Expositores e Expositores/Competidores. Cada turma fez a sua abordagem (leia destaque).
Os alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I são apenas expositores, onde as crianças com o incentivo das professoras e a colaboração dos pais, a partir dos trabalhos desenvolvidos em sala de aula, expuseram os seus projetos, mas não existe a competitividade para o resultado final. "Por exemplo, Educação Infantil está trabalhando o resgate de alguns contos infantis: João e Maria, Festa no Céu, Chapeuzinho Vermelho, entre outros, são abordados pelas professoras com os seus alunos, como os trabalhos práticos vivenciados em sala de aula", exemplificou Vanessa. O Fundamental I se aprofundou num grande projeto: Era assim e É assim, que consistiu em promover um diálogo do passado com a modernidade, além da abordagem sobre a Cultura dos Diferentes Países quanto a organização das cidades, a questão gastronômica, os valores, além da História do Café e o tema água como fundamental à vida. "Houve todo um envolvimento dos pais sobre levantar objetos, curiosidades, coisas antigas, quais foram as mudanças com a modernidade, além de colaborarem no desenvolvimento de pesquisas e de caracterização de seus filhos", salientou Vanessa.
Já no Ensino Fundamental II até o Terceirão, além da exposição houve a competição, mudança que motivou evidenciar os conhecimentos e talentos. "A partir do Fundamental II eles têm as vivências e as ideias próprias, sempre alicerçadas pelos professores. Os alunos partem da ideia de algo que se identificam e gostariam de aprofundar e puderam optar por uma, duas ou até três áreas de conhecimento, muitas vezes de forma interdisciplinar", explicou a coordenadora da Expomater.
Os alunos desenvolvem a pesquisa com a orientação dos professores e o resultado deste trabalho de Fundamental II a Ensino Médio gera uma nota na disciplina em que eles estão abordando, além de eles concorrerem entre si a primeiro, segundo e terceiro lugar: 6º e 7º anos; 8º e 9º anos; e Ensino Médio. Além disso, foram dados dois prêmios revelação do 6º ao Terceirão. "Os jurados são pessoas da comunidade, pesquisadores, profissionais das diferentes áreas, que são convidados a fazer o julgamento dos trabalhos", contou Vanessa. A premiação será um passeio a todos os dez premiados, para Thermas de Sulina, como uma atividade extracurricular oferecida pela escola. Os pequenos ganharam medalha de chocolate, entregue pelas professoras na segunda-feira (15).
Aprecie as 51 exposições criadas na Expomater 2014
Contos Infantis, Era assim. É assim, Países, Água - Gota da vida, Histórias do Café, Alimentos Orgânicos, Minúsculos viajantes, Resgatando lendas, Egito, Grécia, Paula Pimenta, História em Quadrinhos, Ecossistema Ameaçado, Jogos: uma forma de arte, Pirâmide de Quéop, Princípio do Motor Elétrico, Colcha de Retalhos, Equipamentos da II Guerra, Usina Nuclear, Campos de Concentração, O futuro da Robótica, Biodiesel, La Mamba Negra, Indicadores ácido-base, Motor Elétrico, Cerveja em Etapas, Energia Sustentável, O mundo dos jogos, Climatologia, Óleos Essenciais, O carro, Comida Neon, Físico-Química, Colonização Italiana, Sistema Hidráulico, Usinas e Energias, Planetário, Magnetismo, Primeira Guerra Mundial, Formas de Tortura, Coração e Pulmão, Som automotivo, Leonardo da Vinci, Química dos Sentidos, Plástico Biodegradável, Willian Machado, Cores e Matizes, Extintor Orgânico, Soja, Respiração Celular Aeróbica e Decomposição Humana.
Interdisciplinaridade é marca forte dos projetos criados na Expomater
Quem entrou no ginásio do Colégio Mater Dei no último sábado (13) pode sentir a riqueza de uma escola em reunir todos os alunos, em todas as faixas etárias num só ambiente para frutificar conhecimentos.
Professor de Matemática, Sandro Luiz Rosa Able orientou ao todo seis projetos: Pirâmide de Quéop, Motor Elétrico, O Carro, Sistema Hidráulico e Som Automotivo, a maioria deles de forma interdisciplinar com Física, Química ou História.
Sobre o surgimento das pesquisas, Sandro notou que além da questão da afinidade do aluno com uma ou outra área de conhecimento, eles também queriam ver a aplicação daquilo visto em sala de aula, na prática.
"Por exemplo, na questão do som automotivo muitas pessoas podem pensar: onde entra a Matemática? Mas todo dimensionamento da caixa a partir das especificações físicas e técnicas do fabricante são feitas a partir de fórmulas matemáticas. Para facilitar o trabalho do aluno, ele também aprendeu a programar essas fórmulas no Excel e ali conseguiu todo o dimensionamento correto, a litragem, a angulação, para construção de uma caixa com melhor qualidade sonora. A matemática está inserida nos mais diversos meios e através disso fomos mostrando a importância de estudar a Matemática em sala de aula e aplicá-la até mesmo em outros assuntos que eles gostem", salientou o professor.
Outro contraponto, já com um pé no passado, foi o trabalho sobre a Pirâmide de Quéops. "Além de trabalhar o próprio sólido espacial matemático, levantamos as curiosidades sobre como conseguiram construir uma pirâmide com essas dimensões naquela época. Junto com o professor de História trouxemos algumas curiosidades e a pirâmide que eles fizeram em forma de maquete é quase uma réplica, pois ela foi construída em escala matemática: está exatamente na escala de 1 pra 200 e os alunos a calcularam para construí-la. Todas as dimensões da pirâmide foram preservadas. Para cada uma unidade de cumprimento da pirâmide, temos 200 unidades na pirâmide real", esmiuçou o educador.
Que o digam os alunos Bruno Grobe, Gustavo Munaretto, Gabrielle Fauth e Cristina Suzin, que contam como foi seu processo de trabalho na Pirâmide, também respaldado pelo professor Lucas, de História. Cada um escreveu a sua parte da pesquisa e encaminhou para a Cristina compilar. Para construir a pirâmide levaram dois dias, indo até o EMA, da Faculdade Mater Dei e trabalharam na escala de 1 para 200. "Não foi complicado fazer os cálculos, pois usamos fórmulas e os conceitos de razão e proporção, além das escalas. O trabalho todo levou três semanas. Uma das curiosidades é que a pirâmide de Queops se encontra no centro geográfico do planeta", apontaram.
No 6º ano, a preocupação foi com o ecossistema ameaçado. Pela manhã, Barbara Fauth apresentou o cerrado, Vitória Bombassaro a Amazônia, Paula Eduarda Triches, os campos e Érica Martins dos Reis, a Mata Atlântica. A turma passou pelas características naturais do país, as interferências como a biopirataria e terminavam a apresentação ao visitante com a pergunta: "até quando o meio ambiente terá forças para brotar? Pense nisso!"
Já no 1º ano do Médio, elas queriam algo de Química Experimental, mas que fosse um assunto diferente, com um toque mais delicado. Foi com esse norte que Rafaela, Angela, Raiane, Ana Maria e Nathália fizeram uma pesquisa sobre Óleos Essenciais e durante a feira produziram essência de cravo e de canela bem na frente do visitante, na destilação a vapor montada no estande. Elas contaram que a aromaterapia serve para o tratamento e prevenção de doenças, tendo início com as pomadas dos chineses e egípcios, chegando ao Brasil em 1925.
O estande dos Barões do Café (5º ano) também atraía pelo aroma. Mostraram de onde veio e como foi produzido, da colheita à plantação e como evoluiu até o café que consumimos hoje, com a orientação da professora Terezinha Trentin Tessaroli. Minas Gerais é o Estado brasileiro que mais planta café (53% da produção do país). A aluna Sarah Giust contou que no Paraná, 219 municípios produzem café e que há dois tipos: o robusto e o arábico, que é o mais produzido. Ela trabalhou ao lado da amiga Luiza, vestidas iguais com o capricho dos pais.
Com duas filhas na escola, Katiana Pelegrini se envolveu inteiramente com a Expomater. A própria Luiza do 5º ano com os Barões do Café e Julia no 1º ano com uma máquina fotográfica de 1968. "Aqui nos Barões do Café os pais tiveram um desempenho muito grande, com mães fazendo chapéus, outras na decoração e vestimentas. As crianças ficaram muito empolgadas, todas estudaram muito sobre o assunto para se apresentar bem, se dedicaram na decoração e ajudaram em tudo. Elas tinham muita ansiedade para que tudo saísse perfeito. A Luiza estuda muito para poder explicar bem. As maquetes foram feitas com reuniões em casa, todas as meninas se envolveram no grupo delas e os meninos, no deles".
Sem fronteiras
Para o vice-diretor do Colégio Mater Dei, Fabrício Pretto Guerra, os alunos ganham em todas as áreas, pois a Expomater é uma feira que os incentiva a pesquisar, buscar o espírito de equipe, se apresentarem para um público, mas principalmente pelo conhecimento que gera. "Eles saem da feira com um conhecimento maior e mais experiências, o que é muito válido. É bom porque os alunos se envolveram muito com suas pesquisas e os professores em desenvolver os trabalhos com seus alunos. O resultado está sendo fantástico, com vários trabalhos inovadores, o que buscávamos com o evento. A sociedade, pelo que conversei com alguns pais de alunos, estão todos encantados com os trabalhos das crianças, os projetos e ideias, e é isso que contribui para o conhecimento. Com certeza, o trabalho é válido como um todo", enfatizou.
A coordenadora da Expomater, Vanessa Guerra Stefani reitera esse crescimento, afirmando que na posição de pesquisador, os estudantes superam ansiedade e perdem a vergonha de falar em público, pois trabalham a argumentação e o defender seus projetos. "É muito interessante a gente acompanhar os trabalhos desde o seu nascimento. Existe toda essa evolução e cada um defende a sua ideia".
E a evolução não para por ai. Em anos anteriores, pesquisas nascidas na Expomater já ganharam espaço em feiras de ciências nacionais, como na Febrace, da USP. "Tivemos projetos que nasceram na Expomater, ganharam profundidade e as equipes foram representar o colégio em eventos científicos ainda maiores, dando continuidade às pesquisas".
Texto: Daiana Pasquim (DRT/PR 5613)/ AC Grupo Mater Dei
Fotos: Lucas Piaceski
Assessoria de Comunicação
Agência PQPK