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ENTREVISTA: Cezar Henrique Lorenzi visitou Mater Dei nas férias e deu entrevista sobre a Medicina em sua vida

"Eles me incentivaram muito a mirar superalto e a tentar. Por mais que fosse muito difícil me diziam: "Você não está atrás de um aluno de Curitiba, aproveitou bem e se dedicou ao máximo".  Por tudo isto, sinto bastante saudade daqui. 

 

O bom filho à casa torna é um dos ditados que mais agrada a equipe do Colégio Mater Dei. No fim da manhã ensolarada da sexta-feira, 22 de julho, o superaluno Cezar Henrique Lorenzi, que em 2013 foi aprovado em sete vestibulares, visitou o colégio e as pessoas com quem conviveu em todo o Ensino Médio, realizando sua preparação ao Enem e aos processos seletivos. 

Cezar deu uma entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação do colégio contando detalhes sobre o andamento de seu curso de Medicina na Universidade Federal do Paraná (UFPR), profissão que escolheu desde a 7ª série, revelando suas perspectivas nesta fase do curso, quando já está estudando as Clínicas Médicas. Cezar também mencionou o entusiasmo com uma pesquisa inédita que vai realizar com uma colega de curso na conclusão deste terceiro ano de graduação, que envolve uma medicação para tratar a depressão em doenças de Parkinson. Está bastante realizado com o curso, em especial porque as pesquisas são muito incentivadas pela Federal.

Cezar - Como é a sua rotina no Curso  de Medicina?

Assessoria Mater Dei - Comecei o 5º período em fevereiro, quando iniciou o ciclo clínico, que é a segunda etapa do curso. São matérias mais específicas de Medicina, tanto na área cirúrgica quanto clínica: Cardiologia, Pneumologia, Anestesiologia, Angiologia, técnica cirúrgica, etc. Ao todo, fiz 16 matérias. A carga horária do 5º período foi de 630 horas obrigatórias e com as optativas, fechei 680 horas, realizando as optativas de Toxicologia, que é mais o estudo de drogas, agrotóxicos, herbicidas e intoxicação por metais; e Habilidades Clínicas, na qual se faz prontuários, anamnese e exame físico. 

No início do curso, o Ciclo Básico, nos dois primeiros anos são matérias direcionadas à Medicina, por exemplo propedêutica médica, mas no geral são matérias que vários cursos da saúde compartilham: Biologia Celular, Histologia, Anatomia Médica, é uma base de corpo humano molecular e macromolecular, nada muito aplicado.

 

Quando aqui no Colégio Mater Dei você mantinha uma rotina de estudar muito em casa, agora não é diferente?

Tem que estudar em casa também, por mais que eu não tenha o mesmo tempo de quando fazia o ciclo básico, pois a carga horária era menor,. Agora no ciclo clínico, uma das reclamações de todo mundo é a carga horária excessiva, o que dificulta para ter mais tempo para estudar ou rever o peso que muitas matérias ganham. Algumas têm peso pequeno e outras grande demais e acabam tirando de outras. Mas não tem como, tem que estudar em casa porque as vezes a aula fica confusa, ou o professor pode não ser tão didático. Tem que achar esse tempo ou você vai mal nas provas, o que não é uma opção. Neste ano, com o Ciclo Clínico, tive que me adaptar meu modo de estudo, porque o número de matérias dobrou do quarto para o quinto período.

 

Já dá para simpatizar com alguma especialidade médica?

Por mais que tenha tido um semestre clínico, muitas especialidades ainda não tive: Gastroenterologia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Reumatologia, Neurologia, enfim, entre outras. Ainda estou na expectativa. Acho Cardiologia particularmente interessante e me surpreendi porque não achava que gostaria tanto da Pneumologia, talvez pelo modo como a disciplina foi dada, com acesso ao laboratório, enfermaria e ambulatório do Hospital de Clínicas (HC), que é aberto a todo estudante. Tenho acesso ao ambulatório de qualquer área, mas na Pneumologia o acesso ao ambulatório é dentro da própria disciplina.  

Não tenho uma especialidade definida. A princípio não gosto muito de cirurgia, admiro bastante a técnica rigorosa, mas acho que prefiro clínica e pesquisa. Talvez mude. Conheço bastante gente que decidiu o que queria ou no internato, que é a prática maior no hospital; ou ainda depois. Meus amigos também não sabem necessariamente o que querem. A restrição maior com cirurgia é meio geral na turma. Gosto de investigar casos na clínica, mais que é a parte manual. 

 

As boas escolhas também são difíceis de serem feitas? Afinal, você passou em sete universidades no curso de Medicina: UEPG, UFSM, UFRGS e UFSC e mais três em Curitiba: PUC, UP, UFPR. Como se decidiu?

Curitiba já era uma cidade que gostava muito e minha irmã também morava lá. Vi que a Federal era a melhor para Medicina. Fiquei sim em dúvida enorme na época entre a UFPR e a Federal do Rio Grande do Sul, entre as duas, optei pela Federal do Paraná. Mas estando na Federal do PR tem recursos enormes e eu mesmo não aproveitei tudo que a universidade tem a oferecer. A maioria dos professores são muito bons, alguns não são tão didáticos, mas têm qualificações excelentes. Lá tem muito incentivo à pesquisa e iniciação científica. 

Agora no início do 6º período começo uma pesquisa com uma amiga, em que vamos fazer aplicação de medicação em camundongos para tratar depressão em doenças de Parkinson. É um experimento que vamos fazer e a Federal incentiva muito, essa é uma das grandes vantagens, até pelo número de artigos publicados. Outra vantagem de morar em Curitiba é que boa parte do curso está muitas vezes fora das aulas em si, como nas ligas, as iniciações científicas, e estou fazendo estágio no Hospital do Trabalhador (HT). É legal saber que a partir da Federal do Paraná temos vários hospitais pertencendo a mesma instituição. Tenho bastante orgulho da UFPR e não me arrependo da escolha. 

Foi a escolha certíssima. Como quase todos os alunos de Medicina, o Ciclo Básico pode ser muito estimulante em algumas matérias e em outras você fica pensando: quando terá o contato com a Medicina de verdade. Agora no Ciclo Clínico gosto muito de algumas, adoro fazer plantão no HT, atender aos pacientes, mesmo que seja só para preencher as fichas do trabalhador, nunca pretendo desistir do curso. 

 

Quando você olha para trás, como pode resumir sua trajetória no Colégio Mater Dei?

Vim para o Mater Dei em 2011, no 1º ano do Ensino Médio e o fiz todo aqui, nos três anos. Pode não parecer muito, mas ensino médio é a principal parte para se preparar para o vestibular. Aqui tive desde o primeiro ano a preparação para o Enem e, mais especificamente para o vestibular, no Terceirão. Eram cobradas várias redações em média frequente, dissertativo-argumentativas, textos polêmicos e fui me adaptando e aprendendo a fazer redações, o que pesa muito. A cada dois meses  havia os simulados de todas as matérias e isso é uma preparação para qualquer prova que envolva muito conteúdo. A gente é estimulado para todas as matérias, apanhando todas elas. Sem aquele comportamento de: vou estudar para isso e já esqueço. No segundo ano, foi a mesma coisa. 

No meu terceiro ano, o Mater dei introduziu ainda o amparo um pouco maior, porque além de manterem todos os provões no modelo vestibular, você já aprendia a preencher gabarito. As redações foram ainda mais frequentes que nos dois primeiros anos e teve o Enem Express que foi um programa em parceira com o Positivo com duração de cerca de dois meses. Eles traziam videoaulas lá do Positivo, que assistíamos com uma apostila específica com resolução de vários exercícios do Enem, além do que os professores também explicavam. Esse professores têm muito contato com Enem e UFPR especificamente, são superpreparados para esses dois. 

Além da estrutura didática do colégio, como vamos fazer as provas, também teve o apoio da Vanessa, é uma coordenadora que me ajudou na vida, no colégio, não com a escolha em si, porque estava decidido desde a 7º série. Porém por seu apoio, participei da Olimpíada Brasileira de História, da Unicamp; e da Olimpíada Brasileira de Astrofísica (OBA).

Em Medicina a gente sempre ouve falar que é curso muito difícil, impossível passar sem cursinho,  é aconselhado a talvez sair do terceirão, mas não mirar muitos vestibulares, mas a Vanessa sempre disse ao contrário: "Vejo que você tem capacidade". 

A equipe toda, equipe didática sempre disponível e ensinavam muito bem. Alguns em particular eram meus amigos, professores que ficavam até meia hora depois para me explicar uma questão que tinha errado na prova. A Vanessa, considero uma amiga muito grande e ela sempre me chama de segundo filho também. Eles me incentivaram muito a mirar superalto e a tentar. Por mais que fosse muito difícil me diziam: "Você não está atrás de um aluno de Curitiba, aproveitou bem e se dedicou ao máximo".  Por tudo isto, sinto bastante saudade daqui. 

 

Assessoria de Comunicação Grupo Mater Dei

Texto: Daiana Pasquim - Jornalista DRT/PR 5613

Fotos: Lucas Piaceski

Agência PQPK

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